O que posso encontrar no blog?

Aquilo que quiser. De opiniões a textos fofos, é como um grande bloco de anotações bagunçado. Existem os marcadores para te ajudar a encontrar os textos que prefere, mas não é muito organizado. Você pode ver todo tipo de tema, com vários estilos de escrita - varia um pouco de como minha mente está funcionando no momento. Enfim, boa leitura e aproveite os posts.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aquele abraço


Foi um momento esquisito, de tristeza mútua. Três desconhecidas chorando escondidas no banheiro, sem saber o motivo das outras, sem nem saber seus nomes; um encontro ao acaso, uma literalmente infeliz coincidência.
Nós nos abraçamos. Foi tão natural, simples, estranho. E também reconfortante. Foi muitas coisas, e apenas um segundo. Na verdade, não foi nada, além de um desabafo sem palavras das 3 desconhecidas que se consolavam naquele abraço.
Já tínhamos nos esbarrado pelos corredores, já tínhamos uma leve noção da existência uma da outra.
E agora chorávamos juntas. Eu não sabia porque elas choravam, e elas tampouco sabiam porque eu chorava. Eram histórias diferentes, desconexas, e nem chegava a valer a pena contar agora. Mas, pelo jeito, tinham o mesmo final.
Nos soltamos. Eu lavei o rosto enquanto elas se enxugavam. Sorrisos tristes e uma recomposição. Saímos pela porta. E acabou tão rápido quanto tinha começado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Havia algo no céu


Havia algo no céu que me atraía. Mas não apenas atraía meus olhos, agora fixos na maior de todas as estrelas vistas da Terra, Vênus. Havia algo nele que atraía minha alma. Todas as noites, eu me deitava no jardim de casa, e ficava observando as estrelas imóveis e brilhantes, como pequenos pontinhos de esperança.
Eram mais bonitas que o sol. Dava para vê-las perfeitamente; sem machucar os olhos, e pareciam ser ainda mais especiais por se destacarem em um céu mais escuro, trabalhando juntas para iluminá-lo. Aquilo era bonito; era uma força além da compreensão do homem.
Havia algo no céu. E não estou falando do velho mito céu-inferno. Acho que, se algum lugar fosse o paraíso, seria ele dentro de nós mesmos. O paraíso seria morrer sem estar magoado, sem ter deixado nada pra trás, sem ter se arrependido seriamente. O inferno seria morrer incompleto, infeliz. Era lamentar não ter aproveitado a vida. Os dois eram o mesmo lugar, mas um estado de espírito diferente.
Como a Lua, que estava sempre mudando sua forma, ora brilhante e bonita, ora sem brilho, sozinha. Às vezes, pela metade, às vezes sumindo e às vezes recobrando a força. A Lua podia representar o espírito do ser humano em suas diferentes fases, ou ser apenas um astro.
Havia algo no céu que realmente atraía a minha alma. Tudo no céu era uma metáfora; o brilho esperançoso das estrelas, mesmo no escuro vazio do céu. As mudanças da Lua, as nuvens que às vezes cobriam tudo. E a poluição, que cada vez mais nos impedia de vê-los, de entendê-los, de descobrir seus significados ocultos.
Havia algo no céu que deveria atrair à todos. Era tudo bonito, ou triste, tudo passava uma sensação. A paz crescia, nada mais importava. Não havia problemas enquanto as estrelas pudessem brilhar, mesmo no vazio e imensidão escura em que viviam. Não havia solidão enquanto todas brilhassem juntas, como uma só, mesmo longe umas das outras.
Perdido em pensamentos, no céu e em mim mesmo, acabei adormecendo ali, no jardim, feliz.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Negra como a noite


Talvez vocês não saibam – e provavelmente não se importam – mas o meu nome é Leila. Leila é árabe, e significa “negra como a noite” ou apenas “noite”.
Por algum motivo, hoje parei para pensar nisso.
O que eu tenho a ver com a noite?
Acho que a principal característica da noite, assim que você para pra pensar nela, é a escuridão. De dia, o sol ilumina e tudo está “claro”. À noite, ele some, aparecendo do outro lado do mundo e nos deixando com alguns substitutos, estrelas e muitas vezes a lua.
Mas isso nem sempre é ruim.
A noite não é aquilo que você pode perceber olhando. Você nunca vai conseguir sobreviver na noite com seus olhos. Não; você precisa sentir, ouvir, entender. Os barulhos que os grilos fazem... A brisa mais suave... Nada disso você vê. Mas quando sente, ouve, tudo se torna claro, e tão confortável...
De dia, apenas o sol se responsabiliza por iluminar. A completa visão de tudo. Um único astro, brilhando e perfeitamente visível.
A noite não tem astros tão visíveis. Mas ela tem muitos astros. Eles, sozinhos, não são nada – são uma estrela, parada e quieta – mas juntos, formam um belo céu.
Um céu que ilumina quando você se acostuma. Um céu que, mesmo te permitindo enxergar um pouco, te leva a perceber as sensações e os sentimentos. É mais interior, mais difícil de entender, precisa de mais cuidado e precisa de mais atenção.
Talvez a noite, no fundo, não seja reparada, por não ter a luz do “sol”. Mas o seu trunfo é o de ter várias outras qualidades, estrelas brilhantes na escuridão, e por isso não atrai muita gente.
Mas sabe que, os que atrai, são aqueles que gostam do que sentem.
É, meu nome significa noite. E acho que tem muito a ver comigo.
Eu sou a noite.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Se alguém ainda lê o blog, o que não sei,

gostaria de avisar que, a partir de amanhã, vou começar a postar aqui uma história, e postarei um capítulo por dia. Eu, pelo menos, estou gostando dessa história, mas se vocês concordam comigo é coisa que ainda não sei. É uma história um pouco triste, mas estou trabalhando nela. Amanhã posto o capítulo 1. Espero que gostem :D

PS: vou tentar não abandonar o blog de novo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Era só uma lágrima

Era só uma viagem. Uma idéia que surgira do nada. Era nosso passatempo. Estávamos para nos casar, e afinal havíamos nos conhecido durante o alpinismo. Nada melhor do que comemorar o casamento com ele.
Era só uma cachoeira. Uma cachoeira bonita, cujas águas caíam, lindas e transparentes, brilhando como prata, brilhando como uma esperança de uma vida feliz. Uma escalada pela cachoeira.
Era só uma pedra solta. Uma pedra forte, grande o bastante para que se colocasse o pé, que dava a impressão da segurança; mas irremediavelmente solta. Uma pedra colocada ali como se fosse um teste. Um momento de desatenção. Não estávamos conversando? Algum assunto banal, que com certeza não valeu a pena, surgida logo que ele colocou o pé descuidadamente sobre a pedra.
Era só um erro, mas foi uma esperança perdida. Foi uma queda grande, comprida, batendo nas pedras e sendo batido pela água. Uma mão que não foi segurada, uma queda que não foi poupada, uma pedra que não estava presa, uma água que caía como o desespero.
Eu gritei. Eu gritei como se palavras pudessem trazê-lo de volta. Eu gritei como se fosse de alguma ajuda. Eu gritei como se não pudesse fazer nada para ajudá-lo, não pudesse segurar em nada, não pudesse impedir a queda horrível e a morte certa, o sangue que ficava nas pedras e era lavado pela água já não tão límpida.
Eu não podia. Por isso, eu gritei.
Era só uma lágrima. Uma lágrima que escorria pelo meu rosto, e caía se misturando à muitas outras gotas de água exatamente iguais, correndo umas sobre as outras na direção do vazio. Uma lágrima que caía como as minhas esperanças, e agora percorreria infinitamente um rio, tão vasto, profundo e simples como a minha tristeza.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Retrospectiva

Aposto que você está lendo esse texto. É um orgulho para mim. Quando você lê, vê ou ouve alguma coisa, particularmente coisas artísticas (pinturas, músicas, livros, dança, etc.) leva apenas alguns minutos para ver ou ler (se for um texto curto, como este), enquanto os artistas, coitados, tiveram horas de trabalho para fazê-los. Ele surgiu de uma ideia, e as ideias são muito pequenas.
São como árvores. Você tem uma ideia, minúscula e mal formada como uma semente. Você tem que plantar, regar por um longo tempo até começar a crescer. E só quando estiver realmente grande (do tamanho de uma árvore adulta) ela estará formada para começa a escrevê-la. E então você ainda tem que esperar para conseguir colher frutos.
Não é fácil. A criação de uma ideia (para um texto) pode ser mais rápida do que a de uma árvore; esta, no entanto, é muito mais simples.
Dedicar-se. Como é difícil passar tanto tempo apenas alimentando uma ideia para fazer um livro ou pintura! Por que fazemos isso? Pelo menos nesse país, o dinheiro para artistas só chega aos famosos. Eles ficam ricos, com certeza. Mas os outros ralam por tão pouco!
O que realmente os leva não é o desejo de ser famoso, rico, como alguns. É amor pelo que faz, puro e simples. Você pode não ter dinheiro sendo um ator ou pintor, mas está realizado. É ainda melhor do que assistir à peça ou ler ao livro.
É ser ele. Eu mesma não gosto de muitas coisas que escrevi. Paciência, existem outras coisas em mim que eu não gosto. E não posso apagar.
Muitas vezes decoro meus textos sem voltar a lê-los. Claro, também sei minha personalidade de cor. Sou teimosa, decidida, irritante, infantil às vezes, e diferente por natureza. Entre várias outras coisas.
Enfim, nem me lembro de onde comecei. Talvez esse texto não faz sentido.
É só uma retrospectiva de ideias.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Folhas avulsas

Folhas avulsas se espalham pela casa. A janela aberta e a porta fechada. Um horizonte pela janela e mil caminhos na estrada.
Um vento que passa, espalha papéis. A bagunça tão óbvia mais ressaltada.
A folha escolhida por um suspiro de vento, guiada pela janela, seguindo um caminho, uma paisagem abstrata.
A folha está em branco, e diante de seu caminho assume um desenho colorido.
E a vida segue: folha por folha, separadas e unidas pelo mesmo quarto, passando por vários e apagando detalhes.
Folhas avulsas formam livros.
Memórias avulsas formam vidas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Escolha

Por que “oi” e não “olá”? “Sim” e não “com certeza”?
Nenhuma palavra é dita por acaso. Todas têm história, destino e alma. E têm um motivo para estarem aqui.
Por que a escolha? Duas palavras têm o mesmo significado segundo o dicionário, mas nunca por nossos ouvidos. Cada palavra é uma razão, um sentido, um resumo de algo. Cada sentido é uma palavra.
Cada palavra é um sentido.
Se um escritor apenas junta as palavras, o que é escrever bem? É escrever com as palavras certas. O que são as palavras certas?
As palavras certas são aquelas que ele escolhe que nos passam um sentimento, uma ideia, uma dor. São aquelas que definem o personagem, ou a cena, ou o pensamento, ou o sentimento. São aquelas que definem tudo, tudo em um texto, e por isso estão ali.
As palavras certas são as que nos tocam, que nos envolvem, que nos passam uma ideia. E as palavras certas são diferentes para cada escritor, para cada pessoa.
É impossível escolher a palavra certa, mas a função de um escritor é procurar, procurar, até a última, que gentilmente se coloca no canto de uma página.
Fim.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Estrela

Olhe bem para o céu à noite. Olhe a luz que não tão bem substitui o sol.
Veja as estrelas.
Brilho, cor, calor ou vazio. Tudo preenche uma estrela, e nada é capaz de preenchê-la por completo.
Aquele brilho fraco e triste no céu é um astro enorme. Brilhante. Quente. E, acima de tudo, inexplicável e inatingível, de forma a aguçar aquele sentido que todo homem tem, a curiosidade, a vontade de saber mais.
Dentro pode haver vazio. Mas eu vejo algo... Que coloca uma ideia no centro de minha mente, que faz o som de meu coração se tornar o único no mundo.
Não é ele o mais importante do meu mundo?
A simplicidade forma o universo. A simplicidade forma a vida. Como se uma vida, como se uma alma desprendida, formasse cada estrela que se acumula pelo infinito.
Todas são diferentes, brilhantes, especiais de seu modo. Curiosas, pois cada pessoa tem sua mania, a sua particularidade, o seu modo de ver a vida. Existe em ambas sentimentos, simplicidades, e ao mesmo tempo fosse tão complexo quanto a mente que todos temos, martelando ideias sem parar...
Ocupa a visão e domina a mente. As ideias vêm da alma. A minha, de uma estrela.
Ou ambas?
Quando sair à noite, olhe o céu. Olhe para as almas brilhantes que sorriem dizendo: continue.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Síndrome Do Papagaio

É essa a nova doença que ameaça o povo. Geralmente apresenta-se desde a infância até os 15 anos, podendo mesmo assim durar muito mais.
A Síndrome Do Papagaio é o apelido que dei a essa “doença” que afeta a personalidade das pessoas, pois elas passam a repetir tudo o que os outros dizem sem ter ideia do que quer dizer, como um papagaio.
Deixe-me explicar: essa “doença” não é rara, pois tenho certeza que você conhece alguém assim: os chamados “Maria-Vai-Com-As-Outras” que concordam com tudo o que qualquer um fala para tentar se enturmar, ao invés de ser ele mesmo. São aqueles caras que vivem estrelando cenas magníficas como:
 - Nossa, eu odeio Justin Bieber, Restart, e aqueles outros famosos sem talento que fazem sucesso hoje em dia.
 - Com certeza, eu também detesto! A música atual é péssima!
(Conversa anda um pouco, e então...)
 - Ah, não sei você, mas eu ADORO a Mix, sabe? Vive tocando músicas atuais, boas...
 - Ah, eu também gosto. A música atual é o que há de melhor!
É uma doença perigosa, que ameaça as amizades dos infectados, muitas vezes chamados de falsos. Embora não seja transmissível, pode acabar gerando resultados péssimos nos amigos dos indivíduos, que se sentem traídos por considerarem o outro falso e sem personalidade.
A doença não é curável, mas pode facilmente mudar com o tempo. Não é fatal à vida, apenas a alguns relacionamentos.
O nosso, por exemplo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Educação: Parem Já!

Calma. Não quero causar uma crise de analfabetos sem aprendizado. Talvez o título não esteja bom: não quero que parem as escolas, e sim que parem o modo como elas agem.
Pelo menos algumas. A China é mundialmente reconhecida por ter ótimas escolas. Eu já vi como funcionam e achei uma droga. Está tudo errado: incentivam o aluno a tirar 10, ou seja, a decorar fórmulas e contas. O ideal seria incentivar o aluno a pensar, com questões reflexivas e de opinião. Na China, tudo está censurado: a internet, opiniões contrárias ao governo, tudo para ter uma geração de pessoas que sabem de tudo. Muito bem decorado.
E diante de algo novo? E se a memória falha? Mais importante que decorar as regras é saber por que se deve fazer desse jeito. A censura à páginas na internet e à jornais contrários ao governo deveria ser crime: como as pessoas aprenderão a pensar como indivíduos se, desde pequenas, são criadas para agirem como máquinas em seu trabalho?
Trabalhamos pra viver, não vivemos para trabalhar. E em países que vivem nesse esquema trabalhamos todo o dia, com o objetivo de tirar 10 e decorar tudo.
De que adianta? Uma hora vamos morrer. E não queremos morrer se não tivemos nem uma vida decente. Não adianta decorar: o bom é saber pensar, o bom é saber discutir, ter sua opinião, porque isso forma nossa personalidade, isso forma quem somos. E saber quem você é e como você pensa é fundamental para pensar. E pensar é fundamental para se dar bem na vida, inclusive em seu emprego.
Algum dia, os seres humanos se transformarão em máquinas se continuarem assim. Mas esqueceram-se de que nós não temos chips de memória: temos cérebros. E cérebros têm memória falha, ao contrário dos chips. Por isso, não adianta tentar se transformar em um chip humano: devemos usar a parte humana do cérebro, a do pensamento, para crescer e continuar.
Pena que os chineses não lerão isso, pois o governo deve estar bloqueando a minha página nesse exato momento.

domingo, 17 de abril de 2011

Pare e Olhe

Só levará um segundo. Pare aí, nessa rua em que está andando, e olhe para o garotinho no carro. Ele está com uma arma de brinquedo. Está abrindo a janela, vai soltar...
Bolhas de sabão brilhantes, que inundam a rua em uma paisagem rara.
Veja as cores que se refletem na parte da bolha mais próxima do sol. Veja o pequeno brilho no centro, que nos fixa como o brilho de um olhar! Perceba que difícil é ver isso, um momento tão simples e bonito.
Algumas pessoas no restaurante ao lado olham. Construções cinza e sem-graça erguem-se. Alguns prédios, alguns restaurantes, tudo sem graça. E no centro, bolhas de sabão que se erguem majestosamente, brilhando e se deixando levar como a força de um pensamento.
O que há de tão diferente nessa cena? Será que é por que as bolhas deixam a paisagem tão incrivelmente mais alegre? Será que é por que é uma coisa tão simples, que parece deixar de importar até eu te fazer notar? Será que é o simples fato de um dia tão corrido poder se tornar mais bonito por uma coisa tão banal?
A criança sorri, ainda alheia às pressas que nos incomodam no dia-a-dia, e o carro passa rapidamente, deixando as bolhas e o segundo (pareceu tão eterno!) para trás.
As bolhas acabam estourando, e os pedestres voltam a andar.
Nada de mais aconteceu.

sábado, 16 de abril de 2011

Racismo ou obsessão?

Hoje eu vou falar um pouco sobre as novas medidas “contra o preconceito” que temos. Por exemplo, a mudança (ou censura) de certos títulos ou livros ou filmes que falam sobre o preconceito.
Por exemplo: o livro mais famoso de Agatha Christie, originalmente intitulado “O Caso Dos Dez Negrinhos” teve seu nome mudado para “E Não Sobrou Nenhum”, pois seria preconceituoso escrever Negrinho como título.
Mas qual o preconceito disso? Se chamasse O Caso Dos Dez Branquinhos ou O Caso Dos Dez Soldadinhos teria esse problema? Qual é o problema em chamar alguém de negro? Não nos chamamos de brancos? As pessoas falam umas às outras que tem cabelo castanho, por que não podem falar que tem pele negra ou parda?
Acham preconceito chamar alguém de negro. Eu acho que o próprio preconceito é achar que chamar alguém de negro é algo preconceituoso. Negro não é um xingamento! E assim como ninguém chama ninguém de euro descendente, não faz o menor sentido chamar de afro descendente. É negro e branco. E qual o problema de chamar alguém de negro? Ele é mesmo.
E isso não é ruim, assim como ser branco ou ter cabelo castanho também não. É uma característica. Preconceito é dizer que negro é outra raça, outra espécie, que não é humano, que não deveria existir. E com isso eu absolutamente eu não concordo.
Mas eles são negros. Não adianta dizer que são afro descendentes porque isso nem faz a diferença, a menos que conte o fato de ser um nome chato e comprido.
Sou contra falar algo contra negros apenas por serem negros (porque dizer que AQUELE negro é chato é uma característica que ele teria mesmo se fosse branco, o problema é dizer que TODOS os negros o são), mas não contra dizer que são negros.
Claro que é apenas minha opinião. Mas eu penso se, censurando a palavra “negro” eles mesmos não estão criando um preconceito, o preconceito de que ser negro é uma coisa tão ruim que nem se pode falar!
E isso não é verdade.
Afinal, isso é racismo ou obsessão?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Jogue Agora!

Ou mude de link. Onde esses jogos realmente nos levam?
Não pensem que esse é mais um texto falando sobre como, por exemplo, aquele cara que entrou na escola no Rio De Janeiro fez isso por influência de um jogo. Na verdade, estou falando de algumas opções na internet: jogos, blogs engraçados e e-mails com piadas são alguns deles.
Enquanto eu escrevo esse texto para o blog (uma das minhas prioridades referente ao computador) eu estou querendo ler outros e minha janela no MSN pisca. E parece que é simplesmente impossível sentar e simplesmente escrever.
O que acontece enquanto jogamos?
Geralmente, nós entramos no computador com um objetivo: eu, por exemplo, quero postar em meu blog e escrever mais dos meus 3 livros em andamento. Mas isso é muito difícil quando o computador me oferece tantas coisas a fazer.
Não estou repetindo um discurso eterno sobre como o computador nos distrai. Só te convido pensar em qual link devemos clicar.
Eu sou uma pessoa que gosta de exercitar a mente, e esses jogos não ajudam muito: gosto de procurar por textos de opinião na internet, lê-los, e principalmente gosto de escrever e me inspirar.
Mas sou viciada em um joguinho chamado “Corre Hamster”. Isso atrapalha um pouco, pois eu não consigo prestar atenção nos blogs enquanto estou jogando-o. Não sou contra se divertir com jogos e blogs por aí na internet – apenas estou dizendo que o melhor é ter UMA janela aberta na internet por vez.
E tente procurar aquela janela que realmente vai te ajudar, seja a se divertir, a trabalhar ou exercitar a mente.
Agora eu tenho que ir – ainda não consegui zerar o jogo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preconceito: Opinião Sem Conhecimento

Segundo o dicionário, preconceito é “Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.”. Mas ele é mais que isso. Preconceito é uma loucura dirigida às pessoas consideradas “diferentes” que as põem em risco. Ele, por si só, é um tipo de violência: uma barreira entre pessoas, que machuca só por estar lá.
Às vezes essa dor pode tornar-se real, como no caso das “gangues” espalhadas pelas ruas Paulista e Augusta, nas quais encontram-se jovens nazistas entre 16 e 28 anos. Quando eles passam por gays ou negros que saem de bares, cumprem o “ritual” de espancá-los. Algumas vezes, isso leva à morte.
Por que esses homens tão jovens teriam sempre alvos como gays e negros além do preconceito, a idéia louca de que estaríamos em um mundo melhor se fossemos todos exatamente iguais? Enquanto, na verdade, estão acabando com a igualdade: igualdade social.
Estima-se que 260 homossexuais (gays, lésbicas e travestis) foram assassinados em 2010. No entanto, não existe estatística oficial e esses números não devem ser nem metade do número real. Todas as mortes foram violentas: tiros, facadas, espancamento, apedrejamento, asfixia e enforcamento.
O preconceito pode ser vivido muito cedo: nas escolas, um fenômeno crescente é o bullying, que é intimidar alguém mais fraco ou deslocado, na sala de aula ou fora dela. Uma das vítimas desse caso é Ana Cláudia, que foi espancada por outra aluna após queixar-se de bullying à diretoria. A escola não fez nada: não forneceu o nome da autora do espancamento à aluna, afirmando ser imoral.
Mas também não seria imoral não fazer nada estando frente a frente com a violência causada por uma palavra?
Diferença.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pequenas Emoções

O coração palpita levemente, sem força elevada, mas com emoção. Você também se sente leve, talvez até livre, longe do mundo. Tem um sorriso nos lábios e alegria no coração.
E de onde veio isso?
De uma apresentação de dança bonita. De um pedaço de pão na chapa na padaria. De uma nota boa na prova. Do final de um dia de trabalho. De tantas coisas, tão simples, tão pequenas do cotidiano...
Que mexem com nossa cabeça, assim como três palavras podem criar uma história (“eu te amo”, quem nunca sonhou em ouvir?) ou finalizá-la (“Não quero mais”), e simplesmente mudar tanto e tão fácil o órgão mais vital de nosso corpo.
Levemente, ele cresce e bate com alegria à simples reação de uma palavra, uma música, um sorriso, uma piada, um movimento.
Como uma coisa tão simples pode mexer conosco?
Isso eu não sei. Mas uma coisa já percebi: se as coisas simples não importam, por que dependemos de um músculo que fica se contraindo no peito?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Se a vida te dá um limão, transforme-o em uma maçã, para que todos digam: “mas que droga você fez?” e outras frases geniais

O que pensamos quando vemos uma frase que traduz nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossa vida, ou simplesmente é bem bolada? Sinceramente, acho que ela tem que ter várias dessas coisas. Algumas dessas frases nos mostram lições, outras apenas nos fazem rir, mas todas têm seu significado oculto. Aqui vão algumas das minhas preferidas:
Se a vida te dá um limão, transforme-o em uma maçã, para que todos digam: “mas que droga você fez?”
Tá, eu sei que é a frase do título. Mas se eu não a colocasse seria estranho, certo? Essa frase é, como deu pra perceber, uma adaptação do ditado “se a vida lhe der um limão, faça uma limonada”. Acho que essa é ainda mais inteligente, de tornar um problema alguma coisa boa (ou pelo menos diferente para quem não gosta de maçã) e mudar as coisas. E no fundo, queremos mesmo surpreender as pessoas.
Aqui na Terra, as coisas funcionam de um jeito diferente do planeta Abercrombie Falsificada.
Muita gente não entende essa, então eu explico: essa frase quer dizer que, no mundo fútil de hoje em que as pessoas só pensam em roupa de marca (como Abercrombie) a ponto de sair comprando falsificada só pra ficar tipo: “nossa, eu sou demais, eu tenho uma roupa de marca” só para impressionar (babar por uma blusa branca escrito “Abercrombie”? Fala sério!), estamos em um mundo tão infantil e tão falso e simples, que já não é mais o mesmo planeta.
Mando essa para todo mundo na minha escola.
Prefiro ser odiado pelo que sou, que ser amado pelo que não sou
Essa é uma genial de Kurt Cobain. Precisa explicar? Com tanta gente no mundo fingindo ser o que não é só para impressionar (e assim ser “popular”, mesmo que tenha que estar com amigos falsos que nem teriam como gostar de você pelo que você é), acho que somos alguns dos únicos que achariam essa uma boa frase. De qualquer forma, gosto de personalidade forte.
Talvez por isso goste dessas frases. São frases fortes, para quem pensa diferente dos outros.
E eu gosto de ser diferente, de pensar diferente, de pensar sozinha e por mim mesma.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Das Águas Salgadas E Brilhantes Do Mar

O mar azul e o céu rosa pelo pôr-do-sol. A praia vazia pela hora e pelo vento que jogava meus cabelos para trás.
Só eu, meus amigos que pulavam pelo mar e o próprio mar. Meu pé afundava na areia molhada. Algo em mim parecia voar, e eu girava em uma órbita silenciosa por minha felicidade.
De onde viera aquele sorriso na minha cara? De onde viera a alegria suprema por um cenário que Copacabana vê todo dia?
De onde viera a mágica daquela praia, tão parecida com as outras, mas agora tão brilhante e emocionante como a rápida caída de uma lágrima, ou o forte brilho de um sorriso?
Por um momento, não fiz nada além de ver o sol deixar o céu rosa e laranja, e o mar azul-escuro brilhando em meio ao espetáculo. Uma areia fofa, branca, sob meus pés, e um vento forte e agradável em meus cabelos.
Um momento. Poucos segundos. Talvez um minuto, até meu irmão, que pulava na água em um momento de felicidade parecido com o meu, exclamar:
 - Você não vem?
Um momento. Para sempre em minha memória das águas salgadas e brilhantes do mar.

domingo, 10 de abril de 2011

O que faz a boa música (em minha opinião, claro)?

Enquanto escrevo, U2 toca no Media Player. Tenho ouvido bastante U2 desde quando voltei do show (eu sempre fico assim, antes e depois de shows. Daqui a pouco será Paul McCartney). Além dele, gosto de Beatles, Nirvana, Paramore, The Pretty Reckless, Foo Fighters, AC/DC, The Offspring e milhares de outras bandas que não me lembro no momento.
Tem gente que acha que eu tenho um excelente gosto musical. Tem gente que acha isso tudo um lixo (e eu geralmente também acho o que essas pessoas ouvem um lixo). Isso varia de acordo com o que consideramos boa música. O que varia de acordo com a mente de pessoa.
Então, em minha mente (um pouco problemática) o que faz a boa música?
Pra mim uma boa música é uma mistura de várias coisas: os integrantes têm que tocar bem, ou pelo menos fazendo uma música boa de ouvir. Tem que formar uma boa melodia. Tem que cantar bem e tem que fazer a letra em torno de algo interessante.
“interessante” para mim pode ser muitas coisas. Pode ser uma música emocionante, ou uma música de crítica (sobre a guerra, por exemplo), uma música triste ou uma de amor (mas não uma clichê), mas principalmente uma música criativa.
Não adianta criar uma música sobre a guerra que repete os discursos do jornal, ou uma de amor igual à do seu cantor favorito. Tem que saber como compor, como fazer a coisa sozinho, como criar, não em fórmulas de sucesso (como Justin Bieber faz).
Talvez os leitores daqui discordem de todas as formas. Talvez eles não achem que Justin Bieber tem uma fórmula de sucesso, que Restart é clichê, ou achem que isso não muda nada.
Como eu disse, o nosso gosto musical pode ser muito diferente. O que será que o forma?
As músicas mexem com a nossa alma de vários jeitos. Mas só um tipo de música toca cada alma. Ninguém tem a alma igual, então as músicas as tocam de jeitos diferentes.
Talvez. Ou talvez eu não esteja falando nada com nada.
Talvez.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Palavras Da Alma

Palavras, quem pode entendê-las?

Terminam em nossa boca, para passar o resto do dia passando pela nossa mente, sem rumo. Desfazem-se no ar, mas nunca na memória de quem as escutou. Não são materiais, mas podem ferir como facas ou confortar como um travesseiro.

Uma promessa de amor não cumprida vai o mais fundo possível em nosso peito, e um simples “eu te amo” nos tira do mundo real. As palavras coração batendo são o bastante para que tenhamos vida, embora elas não nos dêem.

O que são palavras?

Elas são aquilo que se usa para explicar as coisas simples, e que nos falta para explicar a grandeza de um sentimento. São aquilo que pode definir nosso corpo saindo apenas da boca. São aquilo que vem de repente, cresce e nos toma, são aquilo que nos conforta quando estamos tristes, mas que também levam a nossa tristeza.

Quem criou as palavras?

Elas apenas surgiram com o ser humano, usadas para explicar a grandeza do inexplicável, tornar possível a descrição do impossível, ultrapassar barreiras indestrutíveis.

Nós as usamos por necessidade, nós a usamos porque não somos completos em nós mesmos. Porque no fundo, um bater de coração nos dá vida, mas não explica nossa alma.

Palavras não são nossa alma, são aquilo que a leva a se expressar, a se conduzir, a existir, a se levar.

E as palavras “eu te amo” vão me levar à loucura.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Antiamericanismo

Considero-me levemente antiamericana. Acho que na verdade não sou, afinal, adorei NY e assisto séries de lá. Não acho que tudo o que vem dos EUA é ruim. Mas não acho que tudo é bom.

Eu sei que os EUA são o primeiro mundo, e que temos muito a aprender com eles se quisermos chegar perto daí. Concordo que eles têm grandes avanços que nós, brasileiros, deveríamos aprender. O problema é quando os países querem SER os EUA, imitá-los. Isso nem ao menos faz sentido. Quem quer perder sua cultura, sua comida, seu modo de viver para ser como os americanos? Concordo em avançar com sua ajuda, não com tornar-se como eles.

Um exemplo: hoje em dia a Festa Junina, típica do Brasil, é “mico” (eu mesma não gosto muito), enquanto o Halloween, festa americana que celebra a queima de mulheres inocentes consideradas bruxas, é grande amor brasileiro. Essa é uma festa deles, que está na cultura deles, é o modo deles de ser.

Outro exemplo é o modo como as escolas brasileiras são. Não no ensino – nisso nós bem que poderíamos aprender com os americanos – e sim entre as pessoas. Os brasileiros gostam dessa coisa que surgiu com os americanos de “popularidade”. Acho isso ridículo, tanto o conceito quanto querer copiá-lo.

Existem muitos exemplos: o hambúrguer com coca-cola no lugar da feijoada, o uso de palavras em inglês ao invés de português, entre (muitos) outros.

Isso é necessário?

O Brasil tem suas comidas, suas festas, suas tradições e seu modo de viver, a sua língua. Podemos evoluir com os americanos, mas não deveríamos de jeito nenhum agir como se fossemos nos tornar um deles. Nós não somos americanos – temos uma cultura diferente, comidas mais saudáveis, uma língua mais rica, festas diferentes...

Talvez devamos aprender com os EUA, mais do que tudo, que não devemos deixar nossos costumes de lado. Afinal, lá fora tem muita coisa boa, mas também tem muito lixo.

Como aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

Tabus

Existem milhares de assuntos que nós consideramos que não devemos discutir. Também existem vários problemas que vem a partir deles.

Por exemplo, o sexo. OK, não se deve sair falando como e com quem você anda fazendo, mas não vejo motivos pelos quais pais e filhos não podem discutir a respeito. Quem sabe, se de vez em quando tirassem algumas dúvidas, não teríamos tantos problema como gravidez indesejada, AIDS e outras doenças, e arrependimentos?

Não sou contra a privacidade das pessoas. Sou contra o problema que elas vêm em conversar com isso, mesmo em particular. Existem vários problemas envolvendo os tabus hoje em dia. O melhor não seria, então, acabar com eles? Tem gente discutindo a legalização do aborto por aí. Mas não seria melhor discutir (em particular) com seus filhos a respeito da CAMISINHA (e sim, eu coloco em letra maiúscula mesmo) para não ser mais necessário evitá-la? A menos nos casos já legalizados, como estupro, por exemplo?

Milhares de pessoas têm AIDS e gravidez indesejada. Na minha própria escola tem um garoto cuja mãe tinha 19 anos quando ele nasceu. Duvido que ela PLANEJASSE ter um bebê nessa idade, mas, caso planejasse, talvez não seria melhor ter pensado um pouco a respeito? Deve ter meio difícil pensar a respeito quando é só você com você mesmo, sem ter com quem compartilhar isso.

E não é só isso. As pessoas poderiam discutir esses assuntos sobre o qual não existe ainda opinião definida – certo e errado – e passar a pensar um pouco por si próprias, em sua opinião. Não que eu ache que todo mundo deva sair por aí discutindo esse tipo de coisa, mas poderia aprender a pensar um pouco nisso. E falar, quando estivesse em particular.

Quem sabe assim, esses problemas não seriam realmente solucionados?

sábado, 2 de abril de 2011

Coisa De Família

Falarei sobre meu primo. Nunca falei muito com ele, e quando eu era menor, ele apenas me irritava, coisa de primos. De qualquer forma, nunca nos falamos, nunca conversamos muito, e tudo o que eu sei sobre ele é que estamos na mesma psicóloga. Mas ela me disse, sem entrar em muitos detalhes, que n[os dois “temos muito em comum”. Não me disse muita coisa, mas me imaginei porque nunca conversamos muito.

Lembrei-me da última postagem, na qual eu falava sobre os pequenos preconceitos. Imaginei se a gente tinha mesmo muita coisa em comum ou era exagero da parte dela. mas acima de tudo, imaginei muitas coisas que poderiam acontecer se a gente conversasse. Engraçado como aquela pessoa com a qual você conviveu, que passa os finais de semana com você, é uma pessoa sobre a qual você não sabe... Bem, nada. Porque a verdade é que eu não sei nada sobre meu primo, e nem ele sobre mim. Será que ele sabe que eu gosto de discutir POLÍTICA, aos 13 anos. Que eu gosto de assistir seriados policiais, que aliás eu assisto nesse momento. Será qe ele, com 15, gosta também? Será que ele também gosta de escrever? Ou tem gosto musical parecido?

Será que ela também já disse pra ele que nós somos parecidos? Será que ele também pensa isso sobre mim?

Será que eu não deveria falar com ele, ao invés de apenas escrever?

Talvez seja mesmo coisa de família. Nos separamos, não conversamos, nos ignoramos, e ainda assim nos amamos. E descobrimos que temos muito em comum.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Olhe Nos Meus Olhos

Olhe nos meus olhos. Nem que seja por um momento, um segundo. Só pra me dar uma chance de poder olhá-los também.

Olhe-me com seus olhos tão interessantes. Não são apenas castanhos. São como uma explosão. Em torno do negro ao centro, vê-se um dourado surgindo, que se torna lentamente amarelo, mel, castanho... Até voltar ao preto nas margens, como se algo colidisse dentro de você, algo diferente, diferente como o que eu sinto quando olho para eles.

Olhe nos meus olhos, para que você sorria daquele jeito tão contagiante, que faz com que eu sorria automaticamente também. Não precisa falar nada, não precisa fazer nada, é só me olhar com esses olhos penetrantes que eu fico hipnotizada.

Talvez não seja apenas o formato de seus olhos. Posso ver algum tipo de brilho neles, crescendo e florescendo como um raio de sol. Talvez seja porque eu sinto o sorriso chegando à eles. Talvez seja porque eu vejo, ali, de forma tão sincera, a sua forma de pensar.

Não são seus olhos quem me atraem, mas sim a estranha sensação de que, por eles... Posso ver o que tem por trás de você!

Selo


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOpe6sSSeFkoIIuIIhqIhrExnKzVNv7gRvMklgzCI_0hmBSWIBbUM2fs6gTfUEMTSc_Z30NKcOzf0C_VApaX0Z_paSGkgji0i8d9NeTCVD6QzSWpNEdO59wo1BnRdev8zw9Srspe1gFy4/s320/1.png

Nunca imaginei que ganharia uma coisa dessas, ainda mais do Drigo, mas emocionei aqui ^^

O negócio é assim: você posta o selo, responde às perguntas e repassa para blogs que espera que mereçam e ainda não tem.

Nome: Leila De Oliveira Labão
Uma música: Smell Like A Teen’s Spirit - Nirvana
Humor: Depende muito

Uma cor: Roxo
Estação: Verão, adoro calor e férias
Como prefere viajar: Sei lá
Um lugar: Veneza
Um filme: Não consigo pensar em nenhum

Um livro: Cartas De Siracusa, Unidos Pela Morte, Os Cinzas, A Mediadora...

Um prazer: Ler e ouvir música
Um seriado: Law And Order SVU
Time do coração: Santos

Frase mais dita por você: “EU QUEM MANDO NESSA BODEGA” (de brincadeira)
Porque tem um blog: Para, sobretudo, escrever. Sobre mim, sobre minhas ideias, sobre meus sentimentos, e principalmente sobre o que passa, não na minha mente, mas na minha alma

Sobre o que você escreve: Tudo

Escreva a primeira coisa que vier a cabeça: As pessoas loucas o bastante para pensarem que podem mudar o mundo, são as que mudam
O que achou do selo: Lindo

Blogs que deveriam ter o selo:

http://douglasautor.wordpress.com/

(O Do Drigo e do John já tem)

Pequenos Preconceitos

Não nego que os grandes preconceitos da humanidade são importantes para serem discutidos. Homofobia, racismo, bullying e até nazismo são coisas que não deveriam existir, não deveriam estar aqui. Não faço ideia do motivo pelo qual estão. E concordo que eles devem se exterminados.

Mas o problema é que a humanidade tenta demais acabar com eles sem se lembrar de acabar com nossos “pequenos preconceitos”. Como você pode lutar contra o bullying ao mesmo tempo em que não chega perto daquela pessoa da sua sala de aula com quem você não vai com a cara? Ou se você simplesmente não SUPORTA pessoas com roupas cinza, por exemplo? Não é nada que vá matar ninguém, mas enquanto não segurarmos esses pequenos preconceitos será praticamente IMPOSSÍVEL conseguir superar os grandes. É como tentar pular de um lado pro outro sem ter aprendido a andar ainda!

Claro que não podemos deixar o bullying, a homofobia, o racismo de lado. Só precisamos conseguir travar pequenas batalhas antes de tentar vencer a guerra! Eu não tenho nada contra gays, negros ou “nerds”. Pelo contrário, tenho amigos desses 3 tipos e são melhores que muita gente “normal” por aí. Mas é necessário saber a diferença entre o que não gosta e odeia. Eu não gosto de gente infantil, mas posso conversar com uma. Só não suporto homofóbicos, bullys ou qualquer coisa do tipo!

Aprenda com o que pode ou não conviver. Supere a sua antipatia pela garota nova na sala. Dê uma chance àquele menino emo, ou àquela pessoa que você acha ser tão infantil. E então, você sabe que é maduro o bastante para travar lutas maiores.

terça-feira, 22 de março de 2011

Não Existem Faixas Etárias

Pelo menos não do jeito como as criamos. As Faixas Etárias existem, mas estão sendo usadas de modo errado. Normalmente consideramos que, por exemplo, alguém de até 5 anos é bebê, entre 5 e 10 é criança, entre 11 e 14 é pré-adolescente, de 15 a 19 é adolescente e daí até o 60, quando se torna velho, é um adulto. Isso está errado, pois conheço vários adultos de 13 e várias crianças de 77. O problema é que eles ainda são considerados “pré-adolescentes” e “velhos”. Conheço várias pessoas de 20 anos que não tem maturidade para namorar e várias de 13 que tem.

O que define em qual categoria você se encontra não é o ano de seu nascimento, e sim o tempo de seu amadurecimento. Quando você já tem a mente boa, com as ideias no lugar e opiniões próprias formadas, o que te impede de ser um adulto? Nada, além do fato de você não ter nascido há tempo o bastante para isso.

Não soa ligeiramente ERRADO?

Conheço pessoas que têm 11 anos, e já se consideram pré-adolescentes. Mas são os maiores bebês que já conheci. Choros, dependência da mãe e falta de maturidade são seus grandes marcadores. Como isso já é um pré-adolescente? Eles deveriam ser considerados ainda bebês, que precisam ser educados para aprenderem a se comportar. Deveriam adotar outra forma de pensar, como os “pré-adolescentes” que são.

Adotei eu mesma uma forma de classificar as pessoas que ninguém entende, pela pura convenção de que aquilo que está escrito no RG já pode defini-lo o bastante.

Não existem faixas etárias. Existem mentes amadurecidas ou não. E só.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Filas

Você pode estar no centro de Paris, no melhor restaurante do mundo ou até mesmo no trânsito de São Paulo. Nenhum lugar nunca lhe parecerá tão cheio quanto uma fila, não importa onde. Isso sem contar que lá você encontra todos os tipos de personalidades, pois nenhum deles está ali por algum motivo de gosto em comum – eles querem pagar a conta do supermercado. Pelo menos você sabe que nenhum deles é um ladrão.

A maior parte das pessoas encara a fila como o simples momento de tédio do qual não dá para fugir. Realmente, é muito ruim ficar ali de pé encarando o tempo (demorar a) passar. Mas isso é escolha sua. Afinal, com tantas pessoas diferentes na fila, impossível não encontrar alguém que tenha um assunto interessante para compartilhar com você.

Digo isso porque já tive vários “melhores amigos de 10 minutos” em filas por aí. Da cantina da escola, do cinema, do shopping, entre várias outras. Sempre acabo encontrando pessoas divertidas ou legais com a qual posso conversar e me divertir o bastante, pelo menos o suficiente. Um belo dia, você está em uma fila do cinema. E, cansado de esperar, você resolve conversar com o cara na sua frente.

- Incrível o tempo que somos capazes de esperar para comprar uma pipoca

Já é algum começo, pelo menos. Você com toda a certeza têm a capacidade de inventar algo engraçado ou suficiente para dizer na hora. Antes de perceber, estará conversando. E não é tão ruim assim. Terá um melhor amigo de 10 minutos ao invés de uma eternidade de mesma duração. E então, o que prefere?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Onze Homens E Uma Bola

Um apito. Uma esperança. Um capítulo.

Começou.

A bola rola pelos cantos, passando de pé em pé. A maioria dos atores aparece, alguns ficam de fora. Um tropeço, e imediatamente começa a briga. Qualquer coisa é intriga.

Bolas vão para fora, e logo são substituídas. Tem que ser passadas para que o roteiro aconteça, mas sempre tem um imbecil que a quer só para si. O outro lado, furioso, não hesita em barracos – correndo atrás, tentando roubar, chegando perto.

Um deles se joga no chão, de propósito. Acreditam em sua inocência, logo desmascarada pelas câmeras. Mas agora é tarde: o vermelho do cartão dói mais que o sangue derramado em um jogador que não é culpado. Logo, ele vai embora – expulso, assassinado da partida.

Mais discussões percorrem o campo acaloradas. Os jogadores discutem, brigam, cospem, como verdadeiros barraqueiros de novela. Os técnicos, como os personagens secundários, tentam em vão acalmá-los. A torcida briga também e fica furiosa como se fizesse parte da briga, ou como os telespectadores que nunca desligam a TV a partir das 8.

A cena sai no momento mais crítico, e logo estamos de volta a pequenas participações. Mudanças, roubos e frustrações.

Então, eis que um personagem subitamente leva a bola, passa para uma cena mais à frente e observa enquanto seu colega dribla todas as dificuldades e consegue então colocar a bola dentro do gol. As redes balançam, os torcedores gritam.

Os inimigos ficam mais agressivos. Mais tentativas de empate se seguem. O campo mais parece um cenário de luta. Raiva e desespero.

Então, outro apito. Final do primeiro tempo.

Continuamos no próximo capítulo.

Por que será que os homens gostam disso e falam tão mal das novelas?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Polêmica

Pessoalmente, adoro uma polêmica. Muitas pessoas a odeiam, pois dizem que só serve para trazer discussões. Eu discordo. Uma polêmica é uma chance de pensar, chance tão rara hoje em dia. A maioria das coisas ou vêm prontas ou divididas em fórmulas, ao contrário de como deveriam ser.

Quando temos algo que não tem uma opinião obrigatória, e sim bem dividida – como a legalização do aborto, por exemplo – para discutir, temos que argumentar. E argumentar, hoje em dia, é algo que devemos fazer. Cada pessoa tem suas próprias ideias e precisa aprender a expressá-las. Senão, uma boa ideia é perdida para sempre.

Com os debates, surgem as ideias e os pensamentos, e sem eles você é incapaz de subir na vida. O mais importante que você deve ter, mas nem todos têm, é opinião própria, independente do que dizem. Tendo-a, você tem mais noção de quem você é e como pensa. E isso é importante saber.

Não precisamos nos dividir pelas opiniões que temos. Precisamos, pelo contrário, misturarmo-nos uns com os outros, para aprendermos com os outros e – por que não? – mudar a opinião dos outros e nossa própria. Argumentar é importante, e é uma arte necessária.