Segundo o dicionário, preconceito é “Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.”. Mas ele é mais que isso. Preconceito é uma loucura dirigida às pessoas consideradas “diferentes” que as põem em risco. Ele, por si só, é um tipo de violência: uma barreira entre pessoas, que machuca só por estar lá.
Às vezes essa dor pode tornar-se real, como no caso das “gangues” espalhadas pelas ruas Paulista e Augusta, nas quais encontram-se jovens nazistas entre 16 e 28 anos. Quando eles passam por gays ou negros que saem de bares, cumprem o “ritual” de espancá-los. Algumas vezes, isso leva à morte.
Por que esses homens tão jovens teriam sempre alvos como gays e negros além do preconceito, a idéia louca de que estaríamos em um mundo melhor se fossemos todos exatamente iguais? Enquanto, na verdade, estão acabando com a igualdade: igualdade social.
Estima-se que 260 homossexuais (gays, lésbicas e travestis) foram assassinados em 2010. No entanto, não existe estatística oficial e esses números não devem ser nem metade do número real. Todas as mortes foram violentas: tiros, facadas, espancamento, apedrejamento, asfixia e enforcamento.
O preconceito pode ser vivido muito cedo: nas escolas, um fenômeno crescente é o bullying, que é intimidar alguém mais fraco ou deslocado, na sala de aula ou fora dela. Uma das vítimas desse caso é Ana Cláudia, que foi espancada por outra aluna após queixar-se de bullying à diretoria. A escola não fez nada: não forneceu o nome da autora do espancamento à aluna, afirmando ser imoral.
Mas também não seria imoral não fazer nada estando frente a frente com a violência causada por uma palavra?
Diferença.
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