O que posso encontrar no blog?

Aquilo que quiser. De opiniões a textos fofos, é como um grande bloco de anotações bagunçado. Existem os marcadores para te ajudar a encontrar os textos que prefere, mas não é muito organizado. Você pode ver todo tipo de tema, com vários estilos de escrita - varia um pouco de como minha mente está funcionando no momento. Enfim, boa leitura e aproveite os posts.

terça-feira, 22 de março de 2011

Não Existem Faixas Etárias

Pelo menos não do jeito como as criamos. As Faixas Etárias existem, mas estão sendo usadas de modo errado. Normalmente consideramos que, por exemplo, alguém de até 5 anos é bebê, entre 5 e 10 é criança, entre 11 e 14 é pré-adolescente, de 15 a 19 é adolescente e daí até o 60, quando se torna velho, é um adulto. Isso está errado, pois conheço vários adultos de 13 e várias crianças de 77. O problema é que eles ainda são considerados “pré-adolescentes” e “velhos”. Conheço várias pessoas de 20 anos que não tem maturidade para namorar e várias de 13 que tem.

O que define em qual categoria você se encontra não é o ano de seu nascimento, e sim o tempo de seu amadurecimento. Quando você já tem a mente boa, com as ideias no lugar e opiniões próprias formadas, o que te impede de ser um adulto? Nada, além do fato de você não ter nascido há tempo o bastante para isso.

Não soa ligeiramente ERRADO?

Conheço pessoas que têm 11 anos, e já se consideram pré-adolescentes. Mas são os maiores bebês que já conheci. Choros, dependência da mãe e falta de maturidade são seus grandes marcadores. Como isso já é um pré-adolescente? Eles deveriam ser considerados ainda bebês, que precisam ser educados para aprenderem a se comportar. Deveriam adotar outra forma de pensar, como os “pré-adolescentes” que são.

Adotei eu mesma uma forma de classificar as pessoas que ninguém entende, pela pura convenção de que aquilo que está escrito no RG já pode defini-lo o bastante.

Não existem faixas etárias. Existem mentes amadurecidas ou não. E só.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Filas

Você pode estar no centro de Paris, no melhor restaurante do mundo ou até mesmo no trânsito de São Paulo. Nenhum lugar nunca lhe parecerá tão cheio quanto uma fila, não importa onde. Isso sem contar que lá você encontra todos os tipos de personalidades, pois nenhum deles está ali por algum motivo de gosto em comum – eles querem pagar a conta do supermercado. Pelo menos você sabe que nenhum deles é um ladrão.

A maior parte das pessoas encara a fila como o simples momento de tédio do qual não dá para fugir. Realmente, é muito ruim ficar ali de pé encarando o tempo (demorar a) passar. Mas isso é escolha sua. Afinal, com tantas pessoas diferentes na fila, impossível não encontrar alguém que tenha um assunto interessante para compartilhar com você.

Digo isso porque já tive vários “melhores amigos de 10 minutos” em filas por aí. Da cantina da escola, do cinema, do shopping, entre várias outras. Sempre acabo encontrando pessoas divertidas ou legais com a qual posso conversar e me divertir o bastante, pelo menos o suficiente. Um belo dia, você está em uma fila do cinema. E, cansado de esperar, você resolve conversar com o cara na sua frente.

- Incrível o tempo que somos capazes de esperar para comprar uma pipoca

Já é algum começo, pelo menos. Você com toda a certeza têm a capacidade de inventar algo engraçado ou suficiente para dizer na hora. Antes de perceber, estará conversando. E não é tão ruim assim. Terá um melhor amigo de 10 minutos ao invés de uma eternidade de mesma duração. E então, o que prefere?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Onze Homens E Uma Bola

Um apito. Uma esperança. Um capítulo.

Começou.

A bola rola pelos cantos, passando de pé em pé. A maioria dos atores aparece, alguns ficam de fora. Um tropeço, e imediatamente começa a briga. Qualquer coisa é intriga.

Bolas vão para fora, e logo são substituídas. Tem que ser passadas para que o roteiro aconteça, mas sempre tem um imbecil que a quer só para si. O outro lado, furioso, não hesita em barracos – correndo atrás, tentando roubar, chegando perto.

Um deles se joga no chão, de propósito. Acreditam em sua inocência, logo desmascarada pelas câmeras. Mas agora é tarde: o vermelho do cartão dói mais que o sangue derramado em um jogador que não é culpado. Logo, ele vai embora – expulso, assassinado da partida.

Mais discussões percorrem o campo acaloradas. Os jogadores discutem, brigam, cospem, como verdadeiros barraqueiros de novela. Os técnicos, como os personagens secundários, tentam em vão acalmá-los. A torcida briga também e fica furiosa como se fizesse parte da briga, ou como os telespectadores que nunca desligam a TV a partir das 8.

A cena sai no momento mais crítico, e logo estamos de volta a pequenas participações. Mudanças, roubos e frustrações.

Então, eis que um personagem subitamente leva a bola, passa para uma cena mais à frente e observa enquanto seu colega dribla todas as dificuldades e consegue então colocar a bola dentro do gol. As redes balançam, os torcedores gritam.

Os inimigos ficam mais agressivos. Mais tentativas de empate se seguem. O campo mais parece um cenário de luta. Raiva e desespero.

Então, outro apito. Final do primeiro tempo.

Continuamos no próximo capítulo.

Por que será que os homens gostam disso e falam tão mal das novelas?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Polêmica

Pessoalmente, adoro uma polêmica. Muitas pessoas a odeiam, pois dizem que só serve para trazer discussões. Eu discordo. Uma polêmica é uma chance de pensar, chance tão rara hoje em dia. A maioria das coisas ou vêm prontas ou divididas em fórmulas, ao contrário de como deveriam ser.

Quando temos algo que não tem uma opinião obrigatória, e sim bem dividida – como a legalização do aborto, por exemplo – para discutir, temos que argumentar. E argumentar, hoje em dia, é algo que devemos fazer. Cada pessoa tem suas próprias ideias e precisa aprender a expressá-las. Senão, uma boa ideia é perdida para sempre.

Com os debates, surgem as ideias e os pensamentos, e sem eles você é incapaz de subir na vida. O mais importante que você deve ter, mas nem todos têm, é opinião própria, independente do que dizem. Tendo-a, você tem mais noção de quem você é e como pensa. E isso é importante saber.

Não precisamos nos dividir pelas opiniões que temos. Precisamos, pelo contrário, misturarmo-nos uns com os outros, para aprendermos com os outros e – por que não? – mudar a opinião dos outros e nossa própria. Argumentar é importante, e é uma arte necessária.